Como identificar e evitar o estresse em crianças? Entenda

O estresse em crianças pode ser uma resposta normal às mudanças e desafios, e a vida está cheia deles — mesmo durante a infância. Por outro lado, adversidades muito intensas, duradouras ou repentinas podem sobrecarregar uma criança e afetar sua vida.

Aqui, exploraremos as causas do estresse em crianças e compartilhar estratégias para que familiares e educadores possam lidar com essa realidade. Com a colaboração entre família e escola, os pequenos estarão mais preparados para lidar com esse problema. Confira!

Quais os principais causadores desse tipo de estresse?

Embora a infância seja uma fase cheia de descobertas e alegrias, existem algumas causas comuns que podem desencadear o estresse nas crianças. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), um fundo criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), as principais causas do estresse infantil são:

• pensamentos ou sentimentos negativos sobre si mesmos;
• mudanças em seus corpos como o início da puberdade;
• as exigências da escola, como exames e mais deveres de casa à medida que envelhecem;
• problemas com amigos na escola e socialização;
• grandes mudanças como mudança de casa, mudança de escola ou separação dos pais;
• doença crônica, problemas financeiros na família ou a morte de um ente querido;
• ambientes inseguros em casa ou na vizinhança.

É importante ressaltar que cada criança é única e pode reagir de maneira diferente a situações estressantes. Além disso, algumas podem enfrentar mais de uma causa de estresse ao mesmo tempo, tornando fundamental o apoio e a compreensão dos pais, educadores e profissionais de saúde para ajudá-las a enfrentar e superar esses desafios.

Como identificar os sintomas do estresse infantil?

As crianças nem sempre conseguem expressar claramente o que estão sentindo, mas podem manifestar o estresse de diversas maneiras. É importante observar reações emocionais e até mesmo físicas. Alguns sintomas comuns de estresse infantil incluem:

• mudanças de humor frequentes e intensas;
• irritabilidade e explosões de raiva;
• dificuldade para dormir ou pesadelos recorrentes;
• choro excessivo e prolongado;
• isolamento social e falta de interesse em brincar ou interagir;
• queda no desempenho na escola;
• reações físicas, como dores de cabeça ou dores de estômago sem causa aparente;
• aumento da ansiedade e medos irracionais;
• comportamentos regressivos, como voltar a chupar o dedo ou fazer xixi na cama.

Estar atento aos sinais do estresse infantil é o primeiro passo para criar ambiente de apoio e promover o bem-estar emocional das crianças.

Como evitar e lidar com o estresse em crianças?

O cuidado com a saúde emocional dos pequenos é um investimento no bem-estar presente e futuro deles. A seguir, veja como os educadores podem lidar com o estresse das crianças.

Promova um ambiente escolar acolhedor

A escola pode promover um ambiente acolhedor e seguro, onde as crianças se sintam à vontade para conversar e expressar o que estão sentindo. Isso pode ser incentivado com atividades que estimulem a comunicação, como rodas de conversa ou momentos para compartilhar sentimentos.

Mostre aos pais que a escola está atente a essa questão

A escola é um lugar onde as crianças passam uma boa parte do dia, e isso dá a oportunidade de observar de perto como elas estão se comportando e lidando com as emoções. Os professores e equipe pedagógica podem ficar ligados em alguns sinais de estresse que podem surgir na rotina escolar.

Quando a comunicação entre pais e professores é aberta, fica mais fácil trocar informações e perceber qualquer mudança de comportamento que possa indicar estresse nas crianças.

Procure ajuda profissional, se necessário

Se o estresse persistir ou se manifestar de forma mais intensa, a escola pode direcionar a criança para o auxílio de profissionais especializados em saúde mental infantil, com o devido acompanhamento de pais ou responsáveis.

Com um olhar atento e suporte adequado, educadores e familiares podem auxiliar as crianças a enfrentarem situações estressantes e desenvolverem habilidades de autocuidado e resiliência desde cedo.

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