BNCC: como aplicar e explorar os pilares do documento

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que serve de referências para a elaboração do currículo de todas as escolas do país. A Base define as competências e os princípios éticos envolvidos nas três etapas da educação escolar: ensino infantil, fundamental e médio.
Vamos explicar como você que atua na gestão escolar pode explorar da melhor maneira os principais pilares da BNCC. Porém, antes de qualquer coisa, vale a pena entender um pouco do surgimento e dos desafios trazidos pelo documento.
Já era prevista na Constituição de 1988 a criação de uma Base Comum para o ensino fundamental. A proposta avançou um pouco com a determinação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) para se adotar uma Base em todas as etapas da educação básica. No entanto, a última versão do documento só saiu em 2017, e em 2018 ela foi finalmente aprovada.
A implementação da Base ficou prevista para ocorrer entre 2018 e 2020, a partir de algumas etapas desafiantes para as escolas, como a reelaboração dos currículos escolares, a revisão dos materiais didáticos e a formação continuada dos professores.
Na prática, o BNCC estipula objetivos que norteiam o planejamento anual das escolas, o plano de aula, entre outros pilares. É o que discutimos em mais detalhes logo abaixo.
Planejamento anual
Um dos princípios da BNCC é a equidade, que se refere à necessidade de estabelecer um patamar comum de aprendizado para assegurar aos alunos o direito de se desenvolver, que deve ser inerente à todas as crianças e adolescentes. Essa precisa ser uma das principais preocupações na hora de fazer o planejamento anual.
Isso porque a BNCC aborda de modo bastante específico os objetivos de aprendizagem para cada faixa etária, de modo que as habilidades sejam desenvolvidas integralmente pelo aluno. Para a educação infantil, por exemplo, são estabelecidos os seguintes direitos de aprendizagem:
- brincar;
- participar;
- conviver;
- explorar;
- expressar-se;
- conhecer-se.
As estratégias do plano anual para a educação infantil devem estar em conformidade com esses e outros parâmetros exigidos. Faça a elaboração das atividades e avaliações de forma colaborativa, com o máximo de envolvidos em cada etapa do ensino. Além disso, faça o acompanhamento de perto do planejamento anual para que as estratégias sejam executadas com sucesso.
Plano de aula
Sobre os conteúdos abordados em sala de aula, a BNCC tem o objetivo muito claro de construir currículos que sigam diretrizes comuns, para que os jovens, de escolas públicas e privadas, consigam disputar as vagas das universidades e construírem uma boa base para o mundo do trabalho.
Embora sejam desafios abrangentes, o documento também estipula que os professores sigam suas normas na hora de confeccionar os planos de aula. Esse planejamento é uma ferramenta usada pelo professor para facilitar a organização dos conteúdos que serão passados para os alunos.
Sabemos que nem todos os professores podem se dar o luxo de ter poucas turmas, o que demanda muito planejamento sobre o que será necessário ser abordados nas aulas futuras. Nesse sentido, o plano otimiza o tempo do professor, impede que ele se perca durante as aulas e mantém os alunos motivados com a interação em sala.
Para fazer o plano de aula de acordo com a BNCC, é importante conhecer a fundo as diretrizes do documento para as áreas do conhecimento e pensar sobre como cada assunto pode operar em diversos campos de atuação (vida pessoal, relação com outras pessoas e instituições, mídia etc.).
Após essas questões mais teóricas, você pode lidar com os pontos mais imediatos, como a data escolhida para a abordagem do conteúdo, a quantidade de aulas necessárias, as metodologias aplicadas, os recursos necessários, as habilidades exploradas pelos alunos e a forma de avaliação.
Abordagem das áreas do conhecimento
A BNCC apresenta diferentes diretrizes para cada etapa do ensino básico. A divisão em áreas do conhecimento, por exemplo, não está presente na educação infantil, mas também as áreas são abordadas de diferentes maneiras no ensino fundamental e médio.
No ensino fundamental, o documento define habilidades e aprendizagens para as seguintes áreas:
- Linguagens;
- Matemática;
- Ciências da Natureza;
- Ciências Humanas;
- Ensino Religioso.
Já a divisão no ensino médio é bastante diferente. A reforma do ensino médio, aprovada em 2017, levou à criação de uma Base totalmente voltada para essa etapa, na qual está definida que as áreas do conhecimento estão divididas em:
- Linguagens
- Matemática;
- Ciências da Natureza;
- Ciências Humanas;
- Itinerários Formativos (aprofundamento de determinada área do conhecimento, formação técnica e profissional ou formações integradas).
Os desafios são grandes, mas ainda há questões em aberto, principalmente em relação ao Novo Ensino Médio, como as questões referentes à adaptação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) com a nova estrutura.
Gestão escolar
O documento da dimensão da BNCC influi diretamente no cotidiano escolar e levanta desafios diretamente relacionados à gestão das escolas, tanto em relação à criação de práticas inovadoras para as áreas do conhecimento quanto em relação à infraestrutura dos ambientes escolares.
É importante que a abordagem dos gestores frente os desafios da Base gire em torno da humanização e do diálogo com as famílias. O vínculo e a transparência com os responsáveis pelos alunos é fundamental para o bom funcionamento dos planos de ação.
No documento, você vai perceber que há poucas citações referentes à infraestrutura da escola, quase sempre com relação à necessidade de proporcionar o essencial para o “pleno desenvolvimento da educação”. Um dos aspectos que podemos desprender disso é a importância de criar um ambiente favorável à criação e à exploração das habilidades.
Nesse sentido, uma ótima estratégia é o uso de espaços makers. Trata-se de ambientes que oferecem utensílios tradicionais, como ferramentas de marcenaria, e tecnologias como impressoras e ferramentas digitais, para o desenvolvimento da criatividade, empatia e autonomia. Assim, o aluno é estimulado a criar soluções e explorar suas curiosidades.
Os envolvidos na tarefa de aplicar a BNCC na prática precisam conhecer o documento e os seus principais pilares. Como vimos até aqui, o documento traz desafios para todos que fazem parte de uma equipe pedagógica, dos professores em sala de aula aos coordenadores e diretores da instituição de ensino.
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