Sala de aula invertida: entenda como funciona esse modelo

Os avanços do estudo da didática trouxeram-nos a exploração de novos métodos de ensino, que utilizam tecnologia e, até mesmo, mudam a forma como o conteúdo é passado para os alunos.
Um conceito que vem sendo muito explorado é o da sala de aula invertida, que é exatamente o que o nome propõe. Os alunos estudam em casa e utilizam as instalações das instituições de ensino para desenvolver projetos e trabalhos.
Neste artigo, vamos falar sobre esse modelo de ensino que vem se tornando muito popular e cada vez mais procurado por estudantes de todos os níveis de aprendizado. Ficou interessado? Acompanhe a leitura para compreender melhor sobre as vantagens desse método!
O que é a sala de aula invertida?
A sala de aula invertida trata-se de uma metodologia de ensino híbrida, por meio da qual o aluno estuda em casa, a partir de materiais disponibilizados previamente pelo professor. Dessa forma, utiliza-se o tempo da aula para o debate sobre os conteúdos dispostos e a consequente consolidação do conteúdo, envolvendo atividades e trabalhos, ou não.
O modelo compreende métricas em que é possível avaliar o desempenho dos alunos por meio das discussões ocorridas em sala e de atividades em grupo, sem a utilização de métodos convencionais de avaliação, deixando os estudantes mais tranquilos e com foco total no aprendizado.
Vale também frisar que a tecnologia é fundamental, pois ela atuará como o canal principal de comunicação entre alunos e professores. Nessa hora, realmente vale a criatividade para estabelecer a melhor forma de passar o conteúdo. O Google Classroom e o Moodle são bem úteis na gestão da sala e do conteúdo.
Como surgiu esse modelo?
Se acha que a sala de aula invertida é uma novidade dos tempos atuais, você se surpreenderá ao saber que as primeiras pesquisas relacionadas ao tema ocorreram nos anos 1990. Confira, em ordem cronológica, alguns estudos relacionados ao assunto:
- início dos anos 90: apresentação do método por meio de estudos nas universidades de Yale e Harvard;
- 1996: uma turma da disciplina de microeconomia da universidade de Miami, localizada no Estado de Ohio (OH), nos Estados Unidos da América (EUA) cursou a disciplina utilizando esse método;
- 2001: na Universidade de Cedarville, que também fica no estado de Ohio, o pesquisador J. Wesley Baker, que vinha pesquisando o método desde o fim da década de 1990, estruturou métricas e apresentou como um conceito, chamado de flipped classroom, em uma conferência de aprendizagem em Moline (IL).
Desde então o conceito vem se popularizando, e muitos professores renomados já lecionaram utilizando da tecnologia com criatividade para montar apresentações simples de PowerPoint, no qual, além de animações, trazem conteúdos com voz e gravam vídeos para disponibilizar para alunos que não podem comparecer às aulas.
Quais são os benefícios da sala de aula invertida?
A sala de aula invertida garante incontáveis benefícios, tanto para os alunos quanto para os professores, uma vez que promove o debate crítico dos temas estudados, resultando em maior retenção do conhecimento. A seguir, vamos expor as principais vantagens dessa metodologia de ensino. Acompanhe!
Protagonismo do aluno
No modo tradicional de ensino, o protagonista do ensino é o professor, como detentor único do conhecimento na nobre função de transmitir conhecimento para seus discentes.
Porém, a sala de aula invertida valoriza a percepção do aluno acerca do tema antes que o docente o apresente com maior profundidade. Esse encorajamento para o estudo, de forma menos rígida, leva os alunos a dividirem experiências pessoais nas discussões em sala de aula, que agregam muito para o aprendizado.
Otimização de tempo
Se observarmos de uma maneira mais ampla, notamos que, ao optarmos por oferecer um curso em um formato híbrido ou a distância, teremos diversos benefícios.
Um exemplo está relacionado a aspectos como o fluxo de veículos nos entornos da instituição de ensino, uma vez que os horários de entrada e saída geram um tráfego intenso dependendo do porte. Além de que, tendo menos turmas presenciais, surge a possibilidade de haver mais alunos por sala.
Flexibilidade
Para muitas pessoas estar em um lugar todos os dias durante vários dias da semana pode ser um desafio, mesmo que essa pessoa não tenha uma rotina que envolva trabalho, mas é possível que o estudante de turma de sala invertida realize atividades fora da escola em horários de sua total preferência.
Melhora no desempenho dos alunos
Todas as pessoas tendem a trabalhar melhor se não estiverem se sentindo pressionadas. E isso prejudica muito os alunos que sofrem de ansiedade em momentos de prova.
Ao trazer o conteúdo de uma forma em que o estudante discorre sobre o que aprendeu, é possível avaliar o seu aprendizado, sem a necessidade de questionários sem consulta.
Maior engajamento
Como o aluno é colocado constantemente como figura primária do processo de aprendizagem, ele precisa estar extremamente engajado com os conteúdos das disciplinas que realiza, utilizando desse método. Isso leva os alunos a interagirem entre si e a pesquisarem conteúdos além dos dados para os professores.
Melhor aproveitamento do tempo de aula
Quando todos estão discutindo sobre um tema preestabelecido, fica mais fácil de todos participarem ativamente na aula, conversando sobre o tema. Basta que o aluno consuma os conteúdos disponibilizados antes das aulas. Isso evita consideravelmente conversas paralelas.
Como transformar a sala de aula invertida em realidade?
Para implantar a sala de aula invertida dentro da realidade, precisamos, primeiramente, de comprometimento dos envolvidos, principalmente dos alunos, uma vez que as aulas serão fundadas em debates gerados por eles mesmos.
Também é preciso certo domínio de tecnologias da informação, a fim de estruturar da melhor forma possível o fluxo de comunicação virtual, além de tempo dos professores com a preparação dos conteúdos para fora da sala de aula.
O primeiro passo certamente seria o estabelecimento do canal de comunicação entre o professor e os alunos, que pode ser materializado por meio de ferramentas de gestão escolar, como o Moodle ou as salas de aula virtuais do Google Classroom e, até mesmo, por meio de grupos em redes sociais.
Como vimos, a sala de aula invertida é uma excelente maneira de colocar os alunos como protagonistas e otimizar o ensino e a captação dos conhecimentos. Ao utilizar esse modelo de aprendizado, o pensamento crítico dos estudantes será desenvolvido e eles passarão a ter um interesse maior pelo conteúdo das aulas.
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