Inclusão escolar: como executá-la de forma efetiva?

A inclusão escolar é mais do que o tratamento igualitário dos estudantes, é compreender a singularidade de cada indivíduo e promover adaptações que façam com que todos se sintam à vontade, respeitando suas particularidades.

No entanto, criar um ambiente inclusivo é uma tarefa bastante complexa e que deve ser bem planejada para que a comunidade escolar compreenda as etapas de cada um e as considere em seu cotidiano.

Pensando na relevância deste tema, neste post vamos explicar como essa inclusão pode ser efetivada nas escolas. Ficou interessado em saber mais sobre o assunto? Então continue a leitura até o final!

Inclusão escolar na educação infantil

Os primeiros anos de um aluno na escola são determinantes não só para a aquisição de conhecimentos básicos, mas para seu desenvolvimento e sentimento de pertencimento à comunidade. Por isso, ações fundamentais devem ser tomadas para que os pequenos se sintam aceitos e encontrem um ambiente amigável para progredir. Acompanhe a seguir as melhores maneiras de proporcionar esta inclusão:

Faça gincanas

A realização de gincanas é fundamental para a inclusão escolar na educação infantil, uma vez que incentiva a criança a brincar, interagir com outros alunos, aprender a lidar com perdas e seguir regras, bem como a aprimorar sua coordenação motora e capacidade de raciocínio rápido.

Por isso, elabore gincanas criativas e que estimulem a competição pacífica e o contato entre os estudantes. Dessa maneira, as habilidades de cada um serão reconhecidas e haverá a possibilidade de melhorá-las ao longo da evolução dos pequenos na instituição de ensino.

Promova atividades que coloquem os alunos em movimento

As crianças têm uma necessidade de gasto energético muito alta, isso significa que podem ficar entediados com facilidade caso participem de atividades muito paradas e isso pode atrapalhar seu desempenho e integração na escola.

Portanto, promova atividades que coloquem os alunos em movimento e incentive que usem a criatividade, pensem fora da caixa e elaborem o novo. Exercícios de colagem são interessantes, assim como uma apresentação de dança ou teatro que seja capaz de incluir os temas que devem ser estudados em sala de aula.

Realize o planejamento coletivo das atividades

Conhecer o que os pequenos desejam também é uma excelente forma de planejar uma inclusão escolar adequada. Portanto, realize o planejamento coletivo das atividades, conheça a forma de aprendizagem dos alunos e peça sugestões de atividades, certamente você irá se surpreender com a quantidade de ideias criativas e interessantes que vão surgir.

Inclusão escolar no ensino médio

Ao passar pela primeira etapa de formação, o estudante se vê em um novo cenário de possibilidades: o ensino médio. Nesta etapa muitas mudanças acontecem e a perspectiva da vida adulta, somada às novidades da grade curricular podem fazer com que os alunos necessitem de uma atenção especial no que tange o seu psicológico e seus anseios particulares. Acompanhe abaixo dicas valiosas para promover a inclusão escolar no ensino médio:

Promova debates e estimule o protagonismo do estudante

Os adolescentes têm grande necessidade de serem ouvidos e de expor suas ideias e questionamentos. No entanto, este espaço é muito restrito a eles por serem considerados “novos demais para dar opiniões”. Dessa forma, ao estimular o debate saudável e o protagonismo do estudante, o jovem é inserido em um ambiente acolhedor no qual ele pode ser ele mesmo.

Planeje aulas divertidas

O tédio é uma constante no humor adolescente, mas isso não deve ser um empecilho para que ele adquira o conhecimento. Portanto, planeje aulas divertidas que quebram a estrutura onde somente o professor fala e o aluno escuta. Insira no dia a dia escolar aspectos da realidade do estudante, tais como as músicas do momento, seus filmes preferidos ou, até mesmo, jogos.

Mantenha a calma e seja empático

A fase de transição para a vida adulta pode ser emocionalmente muito complicada e é fundamental que o docente mantenha a calma e seja empático com os alunos. Afinal, questões que podem parecer banais a um olhar mais experiente, de fato são capazes de machucar pessoas no processo de maturação.

Inclusão escolar para estudantes portadores de deficiência

O aluno portador de deficiência não deve encarar o ambiente escolar como um desafio muito maior do que ele representa aos demais estudantes. Por isso, é papel da instituição promover um ambiente adaptado e acolhedor que, de fato, estimule o desenvolvimento intelectual, social e psicológico do discente. Acompanhe, a seguir, dicas de como fazer isso na prática:

Conheça as necessidades de cada aluno

Conhecer as necessidades de cada aluno vai facilitar em demasia sua inclusão escolar. Afinal, o professor e a instituição de ensino estarão preparados e adaptados para que a deficiência do aluno não se torne um problema durante sua jornada de aprendizado. Portanto, conheça a singularidade do indivíduo e coloque-se à disposição para conduzir com naturalidade suas particularidades.

Trabalhe o respeito em sala de aula

O respeito em sala de aula deve ser constantemente trabalhado, comentários maldosos acerca da condição do indivíduo não devem ser incentivados e é importante que haja uma conscientização acerca da banalidade que é zombar do colega só porque ele tem uma característica diferente da dos demais.

Portanto, evite broncas sem explicação e escolha o caminho do diálogo e do esclarecimento para que ambos consigam compreender que uma deficiência não torna uma pessoa inferior ou menos merecedora de respeito e amizade.

Foque nas competências e não nas limitações dos estudantes

Por fim, foque nas competências do estudante. Limitações todo mundo tem e elas existem para que possamos progredir. Porém, quando essas restrições são de caráter físico ou intelectual, as competências do indivíduo são colocadas em segundo plano e isso não deve acontecer.

Como vimos, a inclusão escolar efetiva tem sua base em um tratamento empático, adaptação do ambiente e das aulas, bem como de um olhar humanizado para a singularidade de cada aluno. Lembre-se que, muitas vezes, um comportamento disperso e desinteressado pode evidenciar uma necessidade não suprida do discente e é papel da escola acolher e auxiliar este estudante.

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